santa maria - rs
www.obunker.com
http://flickr.com/photos/obunker
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Sexta 09-01-09 23 horas
Dj Maxx e Bunker apresentam:
ROCK AND ROLL ALL NIGHT VOL.02
Uma festa regada a cerveja e muito rock.
Na pista, Dj Maxx , acompanhado por:
Black Sabbath, Led Zeppelin, Jet, Kiss
Los Hermanos, Raul Seixas, Metallica,
Matanza, The Doors, Velhas Virgens,
AC/DC, Rammstein, Os Mutantes...
Garotos R$ 5,00
Garotas R$ 3,00
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Tony da Gatorra- 1º vez em santa maria
Tony da Gatorra no bunker - sábado - 10/01/2009
- abertura: bezouro suco e negative cluster
r$ 6,00
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http://www.flickr.com/photos/tonydagatorra
http://www.myspace.com/tonydagatorra
http://www.tonydagatorra.blogspot.com
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=143268
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Invenção do barulho - Criador da gatorra
MÚSICA
Invenção do barulho
Criador da gatorra passa por Santa Maria pela primeira vez
HOMERO PIVOTTO JR. -
jornal . DIARIO DE SANTA MARIA - 09/01/2008
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Ele não é o tipo de músico comum. Tony da Gatorra é daqueles artistas que não vendem milhões de discos. Porém, possui fãs por onde passa. Seja pela sonoridade de suas composições ou pelas letras de protesto simples e sinceras, este gaúcho de Cachoeira do Sul se tornou uma referência quando se fala em som experimental. Um pouco desse trabalho, que mistura música e protesto, poderá ser conferido amanhã no Bunker, a partir das 23h, no show que, segundo o próprio, é o primeiro de sua carreira no interior do Estado. A abertura será da banda local Negative Cluster, que também aposta no experimentalismo com um som repleto de guitarras barulhentas e programação em computador.
– Eu toco bastante em São Paulo e Porto Alegre. Toquei na Europa já também, mas, no interior do Rio Grande do Sul, vai ser a primeira vez – revela o músico.
Tony construiu o próprio instrumento, a gatorra – que produz sons de percussão e sintetizador –, para se expressar e mostrar seu descontentamento com a corrupção, a violência, a ganância e outras mazelas que assolam o povo brasileiro. Trechos de músicas como Meu None É Tony dão uma ideia da obra do cara: “Meu nome é Tony, eu contruí um instrumento. Para falar, pra me expressar, pra protestar.”
Com 57 anos, o técnico em eletrônica Antônio Carlos Correa de Moura é uma pessoa simples. Desde 2005, realiza um sonho, que é viver da música. Antes, fazia consertos de aparelhos eletrônicos em Esteio, onde mora há quase 50 anos.
– Trabalhei 30 anos arrumando TV. Agora, faço shows e sempre aparece um cachê, porque o pessoal sabe que a gente precisa. Em casa, fico inventando. Faço pedais, por exemplo. Mas hoje em dia, só trabalho com música – afirma Tony.
O futuro – O visual lembra o dos hippies. Cabelos compridos, por vezes preso com uma bandana, bigode, e um enorme medalhão com o símbolo de “paz e amor” são marcas registradas de Tony. Seu estilo diferenciado, tanto de vestir como tocar, chama a atenção. Mas, seu grande feito é mesmo a criação da gatorra. A inspiração para o nome veio de um instrumento mais convencional, a guitarra. Como a sonoridade das palavras que denominam os instrumentos ficou parecida, o criador achou interessante batizar a criatura dessa forma. Já o formato veio por acaso. Como o descontentamento de Tony com a sociedade é grande, inconscientemente, ele acabou fazendo o desenho de seu invento semelhante a um dos símbolos do socialismo: a foice.
– Fui ver depois que o desenho era mesmo parecido. Sou um revoltado contra a exploração do país. A gente paga impostos e não tem nada. Tive de fazer um instrumento para chamar a atenção – conta.
O primeiro exemplar começou a ser desenvolvido em 1994. Porém, só foi concluído em 1997.
– Não dava certo, daí eu largava de mão – confessa.
Foram feitas apenas 13 gatorras, todas numeradas. A fabricação é artesanal. Apesar do número reduzido, a produção do equipamento rendeu bons frutos. Além de tocar ao lado de nomes consagrados no cenário pop, como Gruff Rhys, do Super Fury Animals, Tony já vendeu suas engenhocas para Lovefoxx, do Cansei de Ser Sexy (CSS), e Nick McCarthy, do Franz Ferdinand.
Para o futuro, Tony quer viabilizar a frabricação das gatorras em série, facilitando o processo de construção. Enquanto isso, ele segue fazendo apresentações que tem como repertório um apanhado de todos seus álbuns. Também está nos planos uma turnê pelo Japão.
