Tuesday, April 17, 2007

macondo ....

Rage Against the MAchine Cover

Data: 19/04/2007




M..A..T..A..N..Z..A NO MACONDO!!!!!!!!!!!!!!!

Data: 20/04/2007

www.matanza.com.br

no orkut: http://www.orkut.com/GLogin.aspx?done=http%3A%2F%2Fwww.orkut.com%2FCommunity.aspx%3Fcmm%3D65683

No site www.buffalored.com.br também tem mais algumas fotos e informações
sobre a banda.

Abertura dos dois shows por parte da Moto Killers (Santa Maria).



Matanza:
Sangue nas trilhas: Matanza segue massacrando o medíocre

Embora seja forçoso admitir que ainda não encontrou seu lugar entre as Sete Mais, não restam dúvidas de que o insulto é – ou bem pode ser – uma arte. E das mais requintadas, como não cansa de nos relembrar a admirável obra poética de Gregório de Matos Guerra, o popular “Boca do Inferno”, que manchou incontáveis reputações na Bahia do século 17. O insulto é a arte de elogiar – só que às avessas. Funciona mais ou menos assim: você escolhe seu objeto de desejo – seja ele uma pessoa, uma instituição ou um país –, observa e seleciona bem suas características mais degradantes e… cai de boca, sem dó (até porque ainda te restam o ré, o mi, o fá, o sol, o lá, o si e, vá lá, o outro dó…).

É isso o que o grupo carioca Matanza vem fazendo com devoção desde o vulcânico início de sua carreira, nos idos de 2001: Insultando, ofendendo, difamando, boquejando, afrontando, desacatando, descompondo, esculhambando, ultrajando, acometendo, abalroando, vituperando e xingando pessoas, instituições e países. Ou, quem sabe, um país específico – aquele que vive deitado eternamente em um esplêndido mar de lama.

Ao contrário do velho Gregório de Matos – que sequer dispunha de uma lira para versejar enquanto Salvador ardia sob as chamas de seus impropérios –, o Matanza conta com os inestimáveis préstimos do rock e da eletricidade, materizalizados na guitarra alucinada de Donida e na pulsação nervosa do baixo de China, às quais se somam a tronituante bateria de Fausto e a furiosa voz irlandesa de Jimmy, o irado.

Filho dileto do underground carioca, a praia do Matanza nunca foi a mesma da garota de Ipanema. Ao misturar Johnny Cash com hardcore, o grupo se tornou o pai-fundador de um novo estilo: o countrycore – que fez a banda virar uma espécie de Johnny Crash. A definição faz sentido: a dor e a urgência da vida e da obra do grande Cash ressoam no subtexto e no super som do Matanza como em uma ode ao country white trash. Também há referências ao que os Raimundos fizeram de melhor no ritmo veloz e nas letras desbocadas dessa quadrilha de celerados que tomou de assalto a cena do rock brazuca (que, às vezes, ainda parece metida em bermuda e óculos – só faltam os suspensórios).

A Arte do Insulto é o quarto disco do Matanza. Produzido por Rafael Ramos com a dose certa de esmero e sujeira, o álbum reúne 13 músicas. São petardos desaforados desfilando em sequência vertiginosa e cujos próprios títulos falam por si: “Clube de Canalhas”, “O Chamado do Bar”, “Sabendo que posso Morrer”, “Meio Psicopata”, “Ressaca sem Fim”, “Tempo Ruim”… Uma beberragem sonora só para os fortes. Um barato que o disco esteja saindo em cima das eleições: tudo o que a gente tem vontade de dizer para essa gente em alto e mau som está dito na Arte do Insulto!

O Matanza bem poderia dizer o que diz de maneira educada – só que prefere latir. É que os meninos adoram matar cachorro a grito. Portanto, morte aos cães que ladram e roubam enquanto a caravana do Matanza passa levando os medíocres pro último drinque no inferno.

Eduardo Bueno



tributo à stones

Data: 21/04/2007

banda com formação especial

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